Um adesivo eletrônico da espessura de um fio de cabelo, que adere na pele como uma tatuagem temporária, poderá revolucionar procedimentos médicos, videogames e operações de espionagem, revelou um estudo publicado esta quinta-feira (11) na revista Science.
A tecnologia de microeletrônica, denominada sistema eletrônico epidérmico (EES, na sigla em inglês), foi desenvolvida por uma equipe internacional de cientistas dos Estados Unidos, da China e de Cingapura.
O adesivo poderá substituir os eletrodos usados para monitorar a atividade do cérebro, do coração e do tecido muscular e, quando colocado na garganta, permitiu aos usuários operar um videogame acionado por voz com precisão superior a 90%.
O dispositivo sem fio quase não tem peso e exige tão pouca energia para funcionar que pode se reabastecer sozinho usando coletores solares miniaturizados ou capturando radiação eletromagnética dispersa ou transmitida, acrescentou o estudo.
Com espessura inferior a 50 microns, um pouco mais fino do que o cabelo humano, o equipamento pode aderir à pele sem a necessidade de uso de cola. "Forças denominadas 'van der Waals' dominam a aderência ao nível molecular, portanto as tatuagens eletrônicas aderem à pele sem qualquer cola e fica no lugar por horas", destacou o estudo.
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