segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Morre o ator e diretor Marcos Paulo


Morreu na noite deste domingo (11), aos 61 anos, em sua casa no Rio de Janeiro, na Barra da Tijuca, o ator e diretor da Rede Globo Marcos Paulo. A causa do falecimento foi embolia pulmonar. Passado pouco mais de um ano após ter diagnosticado um câncer no esôfago.

Casada com Marcos Paulo há seis anos, a viúva Antônia Fontenelle se pronunciou pelo twitter por volta da 1 hora da manhã desta segunda, algumas horas depois de seu marido morrer. Ela lamentou a morte do ator e diretor e pediu a Deus força e sabedoria.

De acordo com o comunicado divulgado pela Central Globo de Comunicação em maio de 2011, quando o diretor descobriu o tumor em exames de rotina, foi dado início imediato ao tratamento. Após ser submetido a uma cirurgia para remover o câncer, ele deixou o hospital em três semanas e, aos poucos, retomou normalmente suas atividades.

Marcos Paulo era paulistano, nascido em 1º de março de 1951, e passou boa parte de sua vida no Bixiga – bairro conhecido pela boemia e pelas marcas da imigração na cidade de São Paulo. Ele era filho adotivo do ator e diretor Vicente Sesso, o que lhe garantiu contato precoce com a TV.

Sua carreira artística na televisão começou com a interpretação. Como ator, desde 1967, fez diversas novelas de sucesso, como Gabriela (1975), Sinhá moça (1986) e Tieta (1989). Um personagem marcante de sua carreira foi o primo Basílio, do romance homônimo de Eça de Queiroz, que foi transportado pela Globo para a TV, no formato de minissérie, em 1988.

Seu primeiro trabalho como diretor foi na novela Dancin’ days (1978). Com o passar dos anos, Marcos Paulo evoluiu profissionalmente dentro da Rede Globo, tornando-se o responsável por um dos núcleos de direção de programas da emissora. No cargo, ele produziu ao longo de 24 anos, além de novelas, a série Malhação, especiais de fim de ano, o humorístico Os caras de pau, entre outros programas.

No cinema, o diretor lançou no ano passado seu primeiro – e único – longa-metragem, o filme Assalto ao Banco Central, recebido com desdém pela crítica especializada, mas que teve bom desempenho nas bilheterias, chegando a 1,9 milhão de espectadores. 

O diretor havia feito, algumas semanas atrás, exames de rotina que apontaram que o tumor de esôfago tratado em 2011 não tinha voltado, informou a coluna GPS, do site de VEJA. Esse resultado sugere que a embolia e o câncer não estão relacionados.

O velório e a cerimônia de cremação estão marcados para às 11 horas da manhã desta segunda-feira (12), no Memorial do Carmo, na Zona Portuária, do Rio de Janeiro.

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