Mais de 120 mil bovinos e cerca de 90 mil caprinos e ovinos foram abatidos em Pernambuco, até o mês passado, por causa da pior seca dos últimos 30 anos no Estado. A situação da Bacia Leiteira já é alarmante: a produção apresenta uma queda superior a 40%. Pernambuco, que produzia uma média de dois milhões de litros por dia, agora produz, menos de 1 milhão de litro, de acordo com o Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindileite).
No Sertão e no Agreste pernambucano, o que era pasto secou. Sem a palma, fonte de alimento do gado, a paisagem do interior do Estado se modificou: o solo, que antes dava alimento ao gado, serve agora como cemitério de carcaças. Essa situação diminui a produção de leite e, consequentemente, aumenta o preço dos queijos e derivados.
De acordo com Albérico Bezerra, presidente do Sindileite, o consumidor pernambucano já está sentindo os efeitos na hora das compras no supermercado. “À medida que nós reduzimos enormemente a produção, os derivados que nós produzimos serão reduzidos. Com a oferta reduzida, a tendência é que sejamos supridos de produtos vindos do Centro-Oeste e do Sul e, assim, teremos preços mais caros para os alimentos finais”, comentou.
O aumento do preço não se deve apenas pela redução da produção, mas também pelo aumento dos custos que os pecuaristas têm na hora de alimentar o gado. Sem o feno ou a palma, os produtores ou investem alto para conseguir água ou estão sendo socorridos pela ajuda governamental, como caminhões que levam a cana da Zona da Mata para o Sertão.
Ajuda
Uma campanha coordenada pela associação de companheiras e companheiros de juízes e juízas está arrecadando donativos para os sertanejos. Quem puder ajudar, principalmente com água, pode ligar para o telefone 3036-3231.De acordo com a Casa Militar, em Pernambuco 125 municípios decretaram estado de emergência, sendo 117 foram reconhecidos pelo governdo Federal.
Do G1 PE
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