
De acordo com o secretário de Recursos Hídricos de Pernambuco, Almir Cirilo, a previsão é de que essa situação dramática se estenda por todo o ano que vem. "Em 2013, segundo prenúncios da meteorologia será igualmente crítico ao de 2012", afirmou. O período chuvoso deveria começar em dezembro, mas não há perspectiva de que chova o suficiente.
Nesta quinta (25), em uma reunião do Comitê Estadual de Enfrentamento à Estiagem, o governador Eduardo Campos decidiu que enviará na sexta-feira (26) uma carta à presidente Dilma Rousseff. No documento, o governador pedirá mais rapidez nas ações emergenciais da Operação Seca, feita em parceria com governo federal. Entre elas, está o aumento do número de pessoas beneficiadas pela bolsa estiagem, que, atualmente, recebem cinco parcelas de R$ 80.
Está díficil encontrar água no Sertão e os animais estão morrendo. Também não há pasto e o sertanejo precisa improvisar a alimentação do gado. A busca por comida é cada vez mais difícil: o pasto não brotou e a terra seca está coberta de pedra. Os animais estão se alimentando do facheiro, que é um tipo de cacto cheio de espinhos. Esse é um sinal de que a seca está mesmo grave. O gado, as cabras e os bodes comem a casca da planta até restar apenas o tronco duro, de madeira.
Em Arcoverde, no Sertão de Pernambuco, o pequeno pecuarista Pedro Raimundo de Assis se preocupa com a qualidade da água dos poços subterrâneos. Ele tem uma cacimba cheia, mas as vacas estão morrendo de sede. "A água é salgada e meio amarga. Elas ficam com uma diarreia e aí vão se acabando. Isso aí a gente tem que tratar pra elas se recuperarem", lamenta. Uma solução é misturar essa água, que é cheia de magnésio, à água doce, mas está cada vez mais difícil encontrar.
Os três pequenos açudes do sítio estão totalmente secos. O curral se transformou num cemitério de animais e há carcaças espalhadas por todo lado. Do rebanho de 70 cabeças de gado, cerca de 30 morreram de sede e de fome.
Do G1 PE
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