quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Queijo coalho previne câncer e outras doenças, aponta estudo


Em uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), apontou que o queijo coalho, típico da culinária do Nordeste, é um alimento funcional, ou seja, previne doenças como o câncer. Essa pesquisa foi feita em seis cidades do Agreste do Estado. 

Trombose, envelhecimento, ataques cardíacos, derrame e arteriosclerose também podem ser evitados com o consumo constante do queijo. Ele ainda auxilia o corpo na absorção de zinco - importante para reprodução celular e ativação de enzimas - e regula a flora intestinal. Resultado do doutorado do biólogo Roberto Afonso, pós-doutorando do Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami (Lika), da UFPE, o estudo mostrou que o tradicional processo de fabricação do coalho é o que o torna tão especial.

De acordo com o biólogo e Dr. do Laboratório de Imunopatologia, Roberto Afonso, durante a coagulação do leite, quando solidifica  com ajuda de enzimas, são liberadas substâncias (peptídeos bioativos) cujas atividades se assimilam a de muitos medicamentos e conferem ao coalho propriedades antioxidantes. 
Para chegar a essa conclusão, foram avaliados queijos tipo B (aqueles fabricados com leite “cru”, não pasteurizado) coletados de produtores artesanais nos municípios de Correntes, São Bento do Una, Venturosa, Capoeiras, Arcoverde e Cachoeirinha. 

As amostras passaram por análises microbiológicas e físico-químicas e obedeciam aos critérios exigidos para o consumo humano. 
O trabalho de Roberto rendeu o artigo  “Can artisanal ‘coalho’ cheese from Northeastern Brazil be used as a functional food?” (“O queijo coalho artesanal do Nordeste do Brasil pode ser usado como alimento funcional?”), publicado, em junho de 2012, na revista especializada Food Chemistry. É a primeira vez que o tema se destaca a nível internacional e isso alegrou o pesquisador, que defende a valorização do produto e a tradição dos pequenos produtores. 

O queijo coalho surgiu há décadas, quando os sertanejos, ao armazenarem água e leite em estômago de animais durante viagens, notaram que o laticínio se transformava em uma pasta saborosa. O processo acontecia por causa de enzimas digestivas ainda existentes no órgão. Hoje, a produção é feita com a ajuda de uma enzima criada em laboratório chamada de coalho insdustrial. Ao ser misturado a ela, o leite coagula e resulta em uma massa que é salgada e prensada.

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