O vendedor de chicletes Aldenor da Silva Brito, 45 anos, viveu, por alguns instantes, o sonho realizado de ser milionário após o sorteio das dezenas da Mega da Virada, na noite de sexta-feira (31). Ele mora em Boca do Acre (AM) e disse ter ficado "traumatizado" por um de seus jogos não ter sido computado pela lotérica da cidade. O prêmio de R$ 194,3 milhões foi dividido entre os donos de quatro apostas, nas cidades de Cariacica (ES), Belo Horizonte (MG), Fazenda Rio Grande e Pinhais, ambas no Paraná. Cada um ficou com R$ 48.598.800,01. Os números sorteados para a Mega da Virada foram 02 - 10 - 34 - 37 - 43 - 50. "Eu nunca tinha jogado na Mega-Sena, nunca fui de fazer jogos, mas dessa vez eu fui pegar o dinheiro do Bolsa-Família, de meus filhos, e resolvi fazer as apostas. Tinha falado com minha mulher para ver o que daria." Apostador de primeira viagem, ele não conferiu os volantes com os jogos. Segundo Brito, foram anotadas dezenas suficientes para sete apostas, mas apenas seis teriam sido computadas pela lotérica. "Eu perguntei para o funcionário se estavam todos os jogos ali naqueles papéis, mas não olhei um por um. Acho que falhei, mas a máquina da lotérica pode ter falhado também." O vendedor de chicletes disse que a família ficou empolgada com a possibilidade de ele ter ficado milionário e chegou a preparar um jantar mais "caprichado" para comemorar. "Fiquei com febre depois de perceber que tinha alguma coisa errada. Foi Deus que quis assim, então, que assim seja. Sou pobre, mas sou honrado. Sempre vivi sem grande quantia de dinheiro, não é agora que vai ser diferente", disse Brito, que chega a faturar R$ 300 por mês trabalhando nas ruas de Boca do Acre. O recibo de aposta é como um título ao portador, segundo a CEF. Para torná-lo pessoal e intransferível é necessário escrever em seu verso, o nome completo e o CPF do apostador.
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