Na última semana, os técnicos que batem ponto em uma central de denúncias de crimes contra os direitos humanos na internet viraram a noite trabalhando, para que os servidores dessem conta do recado. Na noite de quinta para sexta-feira, houve picos de cinco denúncias por segundo, totalizando 6.715 ocorrências de páginas com conteúdo homofóbico, em um dia. Em todo o mês passado, foram 420 denúncias desse tipo. Um quadro surpreendente, que chama a atenção para uma mudança na maneira como a mistura entre internet e crimes de ódio já toma proporções alarmantes no Brasil. A velocidade e intensidade com que as informações se propagam no Twitter levou as guerras cibernéticas (discussões ferrenhas com pontos de vista radicalmente opostos) a patamares até então inéditos na nossa internet. Discussões no microblog, pontuadas por tópicos como #ForaNordestinos e #HomofobiaSim, nos últimos dias, reviraram o quadro que mantinha escondidos, sob espécie de véu de hipocrisia, atentados a direitos humanos como preconceito de gênero, origem, orientação sexual ou racismo. Sob o aparente anonimato da internet, aparece todo tipo de opiniões chocantes, de teor violento.
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