segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Cartões estão tomando o lugar do cheque


O cheque já não reina mais sozinho entre os meios de pagamento no Brasil. A realidade é que, cada vez mais, as folhinhas estão sendo trocadas pelos cartões de débito e crédito. Esse movimento é percebido especialmente nas transações de menor valor. Um levantamento feito pela Serasa Experian mostra que, na última década, o número de cheques compensados caiu 57,4%. Entre janeiro e agosto de 2010, o total de compensações foi de 747,5 milhões. Nos oito primeiros meses de 2000, houve 1,75 bilhão delas. Em 2009, apenas 15,1% delas foram com cheques. Coube ao cartão de débito uma fatia de 28,3%. O crédito ficou com 34% do total. E 22,6% das operações foram feitas por meio de transferência de crédito (que se faz pela internet e em caixas eletrônicos). O cheque tem sido mais usado para valores mais altos. O Diagnóstico do Sistema de Pagamentos de Varejo do Brasil, do Banco Central, confirma que o brasileiro vem guardando o cheque para os pagamentos maiores. Em 2009, a média foi de R$ 884. Um aumento de 6% na comparação com os R$ 835 de 2008. Em 2005, a média era de R$ 558. Ainda segundo o documento, naquele ano, o cheque movimentou R$ 2,2 trilhões no país. Em 2009, o valor subiu para R$ 2,5 trilhões. Outro motivo para não deixar o cheque sumir é o pré-datado, que funciona como um instrumento de crédito. Essa movimentação engloba, hoje, cerca de 80% dos cheques emitidos. Uma súmula do Superior Tribunal de Justiça, de 2009, estabeleceu que o cheque não pode ser apresentado ao banco antes da data acertada. Se isso acontecer, dá para pedir indenização por dano moral e financeiro, mesmo que o cheque tenha sido pago.

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