terça-feira, 9 de novembro de 2010

MEC vai recorrer da decisão da Justiça de anular provas do Enem


O Ministério da Educação (MEC) vai enviar à Justiça Federal no Ceará esclarecimentos sobre a metodologia que será usada na reaplicação da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) aos estudantes prejudicados pelo erro de impressão nos cadernos de cor amarela. A juíza Carla de Almeida Maia, da 7ª Vara Federal, determinou nesta segunda (8) a suspensão imediata da prova realizada nesse final de semana. Segundo a magistrada, a reaplicação da prova colocará em desigualdade todos os candidatos remanescentes. Sobre o erro no cabeçalho da folha de respostas, o ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou que será aberta uma sindicância para avaliar se houve erro e apurar os seus responsáveis. O ministro informou, ainda, que as folha de respostas é diagramada e impressa na gráfica contratada para as impressões das provas. Não se sabe ainda quantos candidatos foram prejudicados por esse problema e o MEC estuda aplicar novas provas para esse grupo. Segundo o ministro da pasta, Fernando Haddad, que concedeu uma entrevista coletiva na tarde desta segunda, foi relatado apenas o caso de uma escola em Sergipe onde não havia provas da cor amarela para reposição. De acordo com o MEC, a Teoria de Resposta ao Item (TRI), metodologia estatística usada no Enem, assegura as condições de igualdade entre os participantes, mesmo que eles façam provas diferentes. A TRI é aplicada no Enem desde o ano passado e permite que diferentes edições da prova tenham o mesmo grau de dificuldade. As questões são pré-testadas e ganham um peso que varia de acordo com o desempenho dos estudantes. Itens com alto percentual de acerto ganham peso menor e aqueles que poucos alunos acertam ganham mais peso. O ministro disse ainda que, assim que soube do ocorrido, relatou o fato ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e solicitou a sua permanência no Brasil. Haddad ia acompanhar o presidente na viagem a Moçambique. Segundo ele, Lula ouviu seu relato e pediu que todas as providências fossem tomadas para preservar o direito dos estudantes. O diretor da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Edward Madureira, que está em Maputo integrando uma comitiva presidencial, defendeu a realização do Enem e minimizou os problemas ocorridos. Para ele, não há elementos para que se tome qualquer medida para suspender a prova e este novo problema não macula o processo de jeito nenhum. Perguntado sobre possíveis mudanças no Enem, o ministro Fernando Haddad disse que o modelo atual é o ideal para a proposta defendida pelo Exame.

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