A Frente Parlamentar Mista pela Cidadania de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais (LGBT) foi instalada terça-feira no Congresso Nacional com a prioridade de tentar aprovar a união civil entre pessoas do mesmo sexo.
Entrincheirada contra a proposta estará outra frente, a dos evangélicos, inimigos declarados das posições defendidas pelo grupo criado terça-feira.
Projeto legalizando o casamento gay tramita no Congresso. O secretário-executivo da Frente Evangélica, o pastor Elias Castilho, afirma que será o primeiro a ser preso caso o texto seja aprovado.
O coordenador da Frente LGBT, Jean Wyllys (PSOL-RJ), afirma que os evangélicos estão acostumados a “rasgar a Constituição”. A criminalização da homofobia, prevista também em projeto em tramitação no Congresso, é defendida pelo grupo.
Conforme Jean Wyllys, a luta pelos direitos homossexuais será pesada. O parlamentar fez uma denúncia formal à Comissão de Direitos Humanos da Câmara. Ao menos em números, entretanto, a frente gay tem mais peso que a evangélica: são 171 integrantes, contra os 72 integrantes do grupo dos religiosos.
A frente terá reuniões quinzenais no gabinete da Vice-Presidência do Senado para definir pautas e a demanda do movimento LGBT. Integrantes das frentes parlamentares evangélicas e LGBT já se estranharam por diversas vezes, ao debaterem questões relativas ao direito dos homossexuais.
Uma das polêmicas diz respeito à distribuição pelo Ministério da Educação de kits que serão entregues a 6 mil escolas públicas de ensino médico com o objetivo de combater o preconceito contra homossexuais. No kit, há uma cartilha e três vídeos de cerca de cinco minutos: um sobre transexualidade, um sobre bissexualidade e outro a respeito de duas jovens lésbicas. O conteúdo do material não foi divulgado pelo ministério, e o uso do kit na escola é opcional.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe aqui seu comentáro a respeito.