terça-feira, 5 de outubro de 2010

GREVE NOS BANCOS DEIXA CASAS LOTÉRICAS SUPERLOTADAS


O mês de outubro começou com grandes filas e muita espera para os que foram as casas lotéricas com a intenção de fugir da greve dos bancos. As loterias tiveram que ser divididas enter idosos e pensionistas, que têm até o próximo dia 7 para receber os benefícios do INSS, e também com quem foi apostar na Mega-Sena acumulada. O Sindicato das Empresas de Loterias de Pernambuco (Selepe), relatou que o número de transações teve um aumento de 20% a 30% e a tendência é que esse índice cresça até o final da semana. Em média, ainda segundo o Selepe, as lotéricas realizam cerca de mil transações por dia.
O tempo de espera não costuma passar dos dez minutos por pessoa, mas a situação está gerando reclamações por parte dos usuários em virtude da lentidão, gerada pela superlotação. Para agravar ainda mais esse caos, muita gente está correndo até as loterias para apostar na Mega-Sena, que está acumulada na casa dos R$ 115 milhões. Outros jogos, como Quina, Dupla-Sena e Time-Mania, também acumulados, prometem levar mais gente às casas lotéricas do Estado esta semana. Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), desde que a greve teve início, na última quarta-feira, 29 de setembro, a adesão nacional já cresceu quase 70%. Ontem, sexto dia da paralisação, 6.527 agências de todo o Brasil fecharam as portas. Em nota, o presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários, Carlos Cordeiro, divulgou que “os bancários estão demonstrando sua capacidade de resistência e enfrentamento à intransigência dos bancos”.No Estado, os números se mantiveram. A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) contestou a nota dos sindicatos dos bancários distribuída ontem denunciando que os bancos estariam obrigando seus funcionários a entrar de madrugada para evitar piquetes. A federação alegou que “na verdade, em muitos prédios dos bancos existe trabalho em turno, portanto é normal haver gente entrando e saindo a qualquer hora”.
De acordo o Sindicato dos Bancários de Pernambuco, muitos bancos estão alugando salas em prédios comerciais e colocando seus funcionários para trabalhar em cadeiras de plásticos e ambientes com pouca luminosidade.

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