Uma cena agora comum nas festas e reuniões de jovens é encontrar um grupo fumando por uma mangueira conectada a uma garrafa de estilo oriental. O nome desse objeto é narguilé, um cachimbo bem diferente que faz com que a fumaça passe pela água antes de chegar ao fumante. Pneumatologistas alertam, no entanto, que essa nova mania é tão prejudicial à saúde quanto o cigarro. Já que a fumaça passa pela água, ela fica mais tolerável, fazendo com que o usuário inale mais toxinas.
Um estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que uma sessão de narguilé é o equivalente a fumar mais de cem cigarros. Isso é motivo de controvérsia entre os adeptos do hookah (como é chamado na Índia e países que falam inglês). Enquanto o cigarro é fumado todo o dia e mais de um, uma sessão de narguilé costuma ocorrer de semana em semana ou de mês em mês e com mais de uma pessoa dividindo as toxinas presentes na fumaça.
Alguns especialistas em tabaco e pesquisadores da área, entre eles Kamal Chaouachi, concordam com os usuários do "cachimbo d'água" e ainda afirmam que o fumo utilizado no narguilé moderno gera uma fumaça menos complexa que a produzida pelo cigarro comum. Isso acontece porque a essência utilizada não é queimada, mas, sim, aquecida.
Assim como houve com os cigarros aromatizados, o tabaco que é normalmente utilizado no narguilé terá sua venda proibida no Brasil a partir de março de 2014. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o sabor incentiva menores de 18 anos a fumarem. O que os usuários reclamam é que a venda desse tipo de mercadoria para menores já é proibida, e "não deviam punir os que o usam dentro da lei pela falta de fiscalização".
Fonte: NE10
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