Mussum, o Trapalhão beberrão, desbocado e criador de um dialeto próprio, conhecido hoje por "Mussunês", se estivesse vivo estaria completando 70 anos nesta quinta-feira (7), muito provavelmente com sua larga e gostosa gargalhada.
Mussum jamais imaginaria ser tão popular quando nasceu no Morro da Cachoeirinha, subúrbio do Rio de Janeiro, no dia 7 de abril de 1941. A origem o condenaria a ser mais um na multidão, fazendo um curso técnico, viver sempre no limite de um magro orçamento, criar filhos à sua imagem e semelhança e, aos domingos, fazer uma roda de samba com os amigos.
E foi assim que começou mesmo. Em nove anos estudando em colégio interno conseguiu um diploma de ajustador mecânico. Durante oito anos foi membro da Força Aérea Brasileira. Já nessa época dividia seu tempo com o grupo Os Sete Modernos do Samba, depois rebatizado Os Originais do Samba, em 1961. Ainda encontrava tempo para se dedicar à Estação Primeira de Mangueira, um de seus maiores amores, como diretor harmônico da Ala das Baianas.
Como era figura carimbada em programas de televisão por conta de Os Originais e mostrava-se sempre bem humorado, foi convidado para participar do programa de Chico Anysio. Foi o cearense a dar a dica: termina as palavras colocando is no final. No que foi retrucado com bom humor: "E se eu tiver que falar pena?" Isso em 1969, mesmo ano em que Dedé Santana, já parceiro de Didi Mocó (Renato Aragão), fez o convite para ele ingressar no elenco de Os Adoráveis Trapalhões, então nome do grupo na extinta TV Excelsior. Em tempo, ele já carregava o apelido Mussum. A obra foi de outro grande mestre do humor, Grande Otelo. Ele justificava a alcunha na semelhança que via entre o músico e o peixe de mesmo nome, uma espécie escorregadia, sem escamas.
As participações com os Trapalhões dividiram-se com os Originais do Samba até 1979, depois de passarem para a TV Tupi em 1972 e Rede Globo em 1976. Junto com Didi, Dedé (Manfried Santanna) e Zacarias (Mauro Faccio Gonçalves) atingiram enorme popularidade com seu programa no início das noites de domingo. A atração sobreviveu até 1995, quando, além de Mussum, Zacarias também já havia partido em 1990.
Foram 23 filmes com o quarteto e quatro deles integram a lista dos dez mais vistos da história do cinema brasileiro: O Trapalhão nas Minas do Rei Salomão (5° lugar, de 1977), Os Saltimbancos Trapalhões (8°, em 1981), Os Trapalhões na Guerra dos Planetas (9°, de 1978) e Os Trapalhões na Serra Pelada (10°, de 1982). Junto com seus companheiros, Mussum também foi homenageado pela escola de samba Unidos do Cabuçu, em 1988, com o enredo O mundo mágico dos Trapalhões. Foi a única vez que Antônio Carlos desfilou por outra escola.
Mussum parou de sorrir no dia 29 de julho de 1994 duas semanas depois de um transplante de coração malsucedido em São Paulo. Deixou os filhos Mussunzinho - participou das novelas América e Caminho das Índias -, Augusto, Paula e Sandro.
Mussum jamais imaginaria ser tão popular quando nasceu no Morro da Cachoeirinha, subúrbio do Rio de Janeiro, no dia 7 de abril de 1941. A origem o condenaria a ser mais um na multidão, fazendo um curso técnico, viver sempre no limite de um magro orçamento, criar filhos à sua imagem e semelhança e, aos domingos, fazer uma roda de samba com os amigos.
E foi assim que começou mesmo. Em nove anos estudando em colégio interno conseguiu um diploma de ajustador mecânico. Durante oito anos foi membro da Força Aérea Brasileira. Já nessa época dividia seu tempo com o grupo Os Sete Modernos do Samba, depois rebatizado Os Originais do Samba, em 1961. Ainda encontrava tempo para se dedicar à Estação Primeira de Mangueira, um de seus maiores amores, como diretor harmônico da Ala das Baianas.
Como era figura carimbada em programas de televisão por conta de Os Originais e mostrava-se sempre bem humorado, foi convidado para participar do programa de Chico Anysio. Foi o cearense a dar a dica: termina as palavras colocando is no final. No que foi retrucado com bom humor: "E se eu tiver que falar pena?" Isso em 1969, mesmo ano em que Dedé Santana, já parceiro de Didi Mocó (Renato Aragão), fez o convite para ele ingressar no elenco de Os Adoráveis Trapalhões, então nome do grupo na extinta TV Excelsior. Em tempo, ele já carregava o apelido Mussum. A obra foi de outro grande mestre do humor, Grande Otelo. Ele justificava a alcunha na semelhança que via entre o músico e o peixe de mesmo nome, uma espécie escorregadia, sem escamas.
As participações com os Trapalhões dividiram-se com os Originais do Samba até 1979, depois de passarem para a TV Tupi em 1972 e Rede Globo em 1976. Junto com Didi, Dedé (Manfried Santanna) e Zacarias (Mauro Faccio Gonçalves) atingiram enorme popularidade com seu programa no início das noites de domingo. A atração sobreviveu até 1995, quando, além de Mussum, Zacarias também já havia partido em 1990.
Foram 23 filmes com o quarteto e quatro deles integram a lista dos dez mais vistos da história do cinema brasileiro: O Trapalhão nas Minas do Rei Salomão (5° lugar, de 1977), Os Saltimbancos Trapalhões (8°, em 1981), Os Trapalhões na Guerra dos Planetas (9°, de 1978) e Os Trapalhões na Serra Pelada (10°, de 1982). Junto com seus companheiros, Mussum também foi homenageado pela escola de samba Unidos do Cabuçu, em 1988, com o enredo O mundo mágico dos Trapalhões. Foi a única vez que Antônio Carlos desfilou por outra escola.
Mussum parou de sorrir no dia 29 de julho de 1994 duas semanas depois de um transplante de coração malsucedido em São Paulo. Deixou os filhos Mussunzinho - participou das novelas América e Caminho das Índias -, Augusto, Paula e Sandro.
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