Os pacientes infectados com o vírus da hepatite C vão contar, a partir do ano que vem, com um tratamento que inclui três tipos de medicamentos e tem atingido a taxa de erradicação de 80% a 90% dos casos da doença.
O hepatologista e presidente da Sociedade Brasileira de Hepatologia, Edison Parise, disse que o Sofosbuvir, o Daclatasvir e o Simeprevir estão em processo de análise para homologação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. A homologação deve ocorrer até o fim do ano, para que os medicamentos sejam usados pelos pacientes nos primeiros meses de 2015, em períodos de 12 semanas.
O custo dos remédios é elevado e nos Estados Unidos chega a atingir US$ 120 mil para 12 semanas de tratamento. É por isso que o Ministério da Saúde está em entendimento com laboratórios para fazer a compra em valores mais baixos, a fim de que sejam oferecidos no Sistema Único de Saúde (SUS).
O tratamento da hepatite C no Brasil durava 48 semanas, com inúmeros efeitos colaterais e taxa de resposta em torno de 50%. Com a evolução dos remédios, esse número avançou nos últimos anos e a taxa atingiu 70%, mas ainda apresentava efeitos colaterais, que afastavam os pacientes do tratamento. O infectologista responsável pelo Ambulatório de HIV e Hepatites Virais da Disciplina de Infectologia da Universidade Federal de São Paulo, Paulo Abrão Ferreira, informou que agora, com os produtos que serão ministrados, será possível evitar o uso da proteína sintética interferon. Para ele, isso representa uma revolução no tratamento da doença no país. “É uma revolução porque agora a gente não precisa mais de interferon e não haverá efeitos colaterais”, disse.
No Brasil, a hepatite C atinge 2 milhões de pessoas e no mundo chega a 170 milhões.
Com informações Agência Brasil
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