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quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Ministério muda regras e criadores de aves de PE pedem ajuda à Adagro


A  Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária (Adagro) anunciou que vai fazer um mutirão de visitas em todas as granjas de Pernambuco que solicitaram regularização da atividade de criação de aves.

A medida foi tomada por causa da dificuldade dos criadores de aves em se adaptar às exigências do Ministério da Agricultura para seguir com a produção.

Uma comissão de produtores se reuniu, na terça-feira (18), com a Adagro para tentar resolver o impasse. Como Pernambuco é o maior criador de aves do Nordeste, os produtores pediram ajuda do Governo para regulamentar a atividade das granjas. 

Com as visitas aos locais de criação avícola de Pernambuco, o produtor que estiver adequado para trabalhar dentro da lei vai poder ter a autorização até o fim do primeiro trimestre de 2013.

De acordo com as regras estabelecidas pelo Ministério da Agricultura, nenhuma granja no Brasil pode funcionar sem registro e o Estado é responsável pela fiscalização. 

Em Pernambuco, quem concede essa autorização é a Adagro. Os produtores, no entanto, não estão conseguindo cumprir os pré-requisitos.

Na granja, por exemplo, são necessárias telas para proteger a criação das aves selvagens, mas o alto preço, que prejudicaria o andamento da produção, dificulta a compra. 

O Ministério da Agricultura abre mão da exigência, desde que uma fiscalização, a ser realizada pelo Conselho Estadual de Sanidade Agrícola (Coesa), comprove que a medida não prejudicaria a comercialização das aves.

Das 2.400 granjas do estado, apenas 1.300 são cadastradas. De acordo com os dados da Associação Avícola de Pernambuco (Avipe), são mais de 23 milhões de aves em criação no estado e elas produzem cerca de 6 milhões de ovos por dia. Catorze milhões de frangos são produzidos para venda todo o mês e mais de 120 mil pessoas vivem da atividade.

Sem a autorização, a compra de pintos para produção de ovos seria interrompida, bem como a comercialização das aves. Os animais que vêm de São Paulo, Paraná e Minas Gerais não poderiam ser vendidos para granjas e nem abatedouros sem autorização. O Estado, no entanto, também vai permitir a venda para açougues ou pequenos abatedouros cadastrados na Adagro.

Com informações do G1PE

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