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segunda-feira, 7 de maio de 2012

Reajuste dos combustíveis é negado

A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, até tentou convencer o Ministério da Fazenda da necessidade de reajustar os combustíveis para reduzir as perdas geradas pela diferença dos seus preços e os praticados no exterior. Mas os apelos ao ministro Guido Mantega e os relatórios técnicos que revelavam os prejuízos da estatal, agravados com a importação recorde de gasolina, não adiantaram em nada. Ainda receosa dos reflexos inflacionários de uma eventual correção de tabelas, a equipe econômica não cedeu aos argumentos de que a petroleira precisa reforçar o caixa para investir no pré-sal e ainda dar satisfações aos seus acionistas.

Com isso, a empresa continuará acumulando prejuízos nos próximos meses em razão da defasagem de preços, que chegaram a R$ 8 bilhões ano passado. Graça Foster, como também é conhecida, tinha ressaltado publicamente, no fim do mês passado, que a Petrobras precisa pagar dividendos e salários e ainda manter um programa histórico de investimentos, que deve chegar a R$ 88 bilhões este ano. Hoje, a companhia trabalha com um custo de US$ 119 por barril, enquanto, previsões de mercado sugerem novo patamar ao longo de 2012, para até US$ 130.

A Petrobras importou apenas no primeiro trimestre deste ano quase um bilhão de litros de óleo diesel, a R$ 1,49 por litro, um preço médio 27% maior que o cobrado (R$ 1,17) por suas refinarias. Com a despesa de importação superior à receita obtida, a estatal perdeu só nessa conta R$ 313,5 milhões. No mesmo período, foram importados 746 milhões de litros de gasolina, a R$ 1,39 por litro, 20% acima do preço médio (R$ 1,16) nas refinarias do país. Mais R$ 169,1 milhões de perdas. Só diesel e gasolina já somam prejuízo de meio bilhão de reais.

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