segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Pernambuco é um dos estados brasileiros com mais força no candomblé


O candomblé sobrevive até hoje porque não quer convencer as pessoas sobre uma verdade absoluta. Para o etnólogo com sangue baiano Pierre Verger, falecido em 1996, ao contrário da maioria das religiões, esse culto de origem afro-brasileira, com mais de quatro séculos de história, confere certo grau de dignidade aos descendentes de escravos como nenhum outro rito. De acordo com os organizadores da 4ª caminhada dos terreiros de matriz africana e afro-brasileira do Estado, ocorrida no dia 4 de novembro no Marco Zero do Recife - proposta com o objetivo de lutar contra a intolerância religiosa -, depois da Bahia, Pernambuco é o segundo estado com maior contingente de negros do País. O Estado ainda é autoproclamado como o de maior população de candomblé, umbanda e jurema (outros dois ritos de matriz africana); e como um dos estados de maior culto no país dessas religiões. No candomblé não existe vida pós-morte e tudo é guiado por uma lei de santo. São regras de conduta, principalmente a ser cumprida dentro dos terreiros, que não estão contidas em nenhum tipo de livro sagrado, e que podem variar de terreiro para terreiro.

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