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quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Inglaterra pede entrada definitiva do Brasil no Conselho de Segurança da ONU


No primeiro discurso de um chanceler britânico dedicado inteiramente à América Latina em 200 anos, o ministro William Hague defendeu nesta terça-feira a entrada do Brasil no Conselho de Segurança (CS) da ONU e o fim da negligência nas relações entre a Grã-Bretanha e os países latino-americanos. Segundo o chanceler, a ideia é interromper o declínio da presença diplomática britânica na América Latina. Willian Hague discursou na Canning House, centro de estudos das relações entre britânicos, hispânicos e luso-brasileiros, em Londres. O chanceler afirmou que a Grã-Bretanha continuará a pedir por uma reforma na ONU, incluindo a expansão do Conselho de Segurança com o Brasil como membro permanente. É uma questão, segundo Hague, de legitimidade e equilíbrio mundial de poder. O Brasil é atualmente membro rotativo do CS, e a vaga permanente é uma reivindicação antiga do país. Os membros permanentes com poder de veto sobre as resoluções que tramitam no conselho são: EUA, Grã-Bretanha, França, China e Rússia. Países emergentes reivindicam uma reforma, alegando que o CS não representa mais a distribuição de poder econômico e geopolítico do mundo atual. No entanto, a reforma no CS não é um consenso, e sua concretização pode levar anos. Sendo assim, a fala do chanceler britânico é sobretudo um gesto diplomático, semelhante ao feito por Barack Obama, na segunda-feira, em Nova Déli, quando defendeu a entrada da Índia no CS.

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